Arquivo: Edição de 25-04-2009

Opinião

A conversa
Maria Paula T Q Barros Pinto Fiquei perplexa com aquela conversa, perplexa, irritada, impotente pois não devia nem podia dizer nada a não ser ouvir ou desligar. Mas era difícil não ouvir, no autocarro aos solavancos entre as ruas esburacadas de Lisboa, tão cheio que as duas raparigas falavam de pé em cima de mim que ia sentada, quase a cair do assento, empurrada pela gordura obscena da mulher negra sentada ao meu lado, que de tão gorda nem conseguia fechar as pernas e pousar os braços. Ia entalada entre um bloco negro de gordura e uma conversa desarticulada, enervante e ao mesmo tempo reveladora dum extenso drama.

Museu da Resistência (Memórias de Peniche)
Antonino Cacho O dia tinha nascido quente, e às 8h e 15m, de 27 de Junho de 1970, morria, confortado com os sacramentos da Santa Madre Igreja Católica, António de Oliveira Salazar que, para que ainda conste, governou Portugal, sob o jugo da ditadura, durante 40 anos, 4 meses e 28 dias, que foi quanto durou o Estado Novo, que caiu de velho, na madrugada redentora de 25 de Abril de 1974, com a patriótica intervenção dos valorosos Capitães de Abril, apoiados pelo Povo, na luta pela Liberdade e pela Democracia.

Geógrafos, em “O Soajo”, torceram Soajo para Peneda, distorcendo a verdade!
Jorge Lage

Quentes e Boas...
Amândio Peixoto Que negócios? O mundo anda cheio de negócios. Tude se vende, tudo se compra. E em negócios de amor, por exemplo, Albino Forjaz de Sampaio (escritor), nem a própria Mãe poupava. Mas não é de amor, mas simplemente de negócios que se trata, com a bola a rolar directamente para a Câmara Municipal.

Na linha do fim do dia...
Susana Valente Há dias o comboio atropelou uma pessoa, uma chatice, pensamos todos os passageiros na pressa de chegar a casa após mais um dia de trabalho.