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Edição de 18-04-2024

Arquivo: Edição de 08-12-2011

Opinião

Página 4
Paulo Castro Vivemos um tempo em que em muitos lares as crianças são criadas na ausência total de regras: Desde pequenos comem o que querem, dormem quando querem, veem televisão quando querem, estudam quando querem e assim por diante.

O político
Maria Paula T Q Barros Pinto Passou dois dias e duas noites sentado ao lado do telefone. Imóvel, sem comer nem dormir. Que fosse dar uma volta, apanhar ar, levar o cão à rua, dizia a Tévi. Que não, ali era seguro ter rede, noutro lado qualquer podia não ter e perdia-se tudo: sonhos, aspirações, trabalho, estudo, pedidos, influências, novenas, terços, feitiços, promessas, toda uma parafernália de ações que teriam necessariamente de resultar. O que mais lhe custava era não poder passear o cão. Todos os dias ia com o Jaune até ao rio, levava um iogurte e dava-lho à colher. E não era uma colher qualquer, era de prata de lei, fora-lhe oferecida quando se batizou, há precisamente quarenta anos. Uma colherzinha que nunca tinha servido para nada, e de repente, vendo a Tévi a limpar as pratas – o que fazia todos os anos por esta altura -, achou curiosa a pequena colher, isolada, numa caixinha, enfeitada com motivos infantis. A tia, vendo o seu olhar inquisidor, contou-lhe a história da colher:

O meu testemunho
Joaquim Como chegámos até aqui…

A relação entre os que governam e os governados é cada vez mais distante
Gil Heleno Ultimamente todas as conversas têm como assunto capital as dificuldades que o país atravessa. Associadas a esta realidade as fragilidades do sistema, a distância e o desinteresse das coisas da política começam a despertar os movimentos cívicos e estes, cada vez mais, ganham consciência de que o método que nos governa foi construído à revelia da vontade popular. Por toda a Europa alguns países revelam insensibilidade à sua história, aos seus valores, manifestando uma falta de respeito pela sua cultura valorizando excessivamente os interesses economicistas. Este comportamento iníquo dará certamente lugar à conflitualidade que ninguém deseja. Por cá, as decisões que são tomadas interessam mais aos mandantes que ao cidadão comum.

Quentes e Boas...

Uma folha do meu diário
A importância de um amigo
Camilo Sampaio “Eu não perco o tempo com um amigo; só ganho”. Foi o que hoje disse a um dos meus amigos que julgava estar a aborrecer-me com a conversa que estávamos a ter pelo telefone e que já se prolongava por tempo demasiado.

Conto
A força... da força interior!
José Maria Dias Costa Colou-se à montra dos brinquedos, e… sonhou… deixou-se sonhar! De regresso à realidade, passeio fora e deambulando sem destino, ia recordando os inesquecíveis momentos de alegria, de quando seus pais o enchiam de presentes… afinal, já tinha sido feliz… e não o sabia! Mais adiante, na vitrina da pastelaria, outra pausa… afagou a fome com pedaços de ilusão!

A propósito do Sabujo de Soajo

Crónica
TPC
Paula Castro Freire A luz passava em raios celestiais por entre as finíssimas folhas dos altos pinheiros já ali erguidos há anos suficientes para a altura que têm ter chegado ao seu limite. O caminho tinha como tapete toda a caruma caída ao longo dos tempos, e conforme se entrava no coração do pinhal o silêncio era denso e só assustadoramente cortado por algum animal que se mexia nos arbustos com o mesmo receio de quem passava.

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