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Edição de 04-04-2024

Arquivo: Edição de 21-05-2009

Opinião

Uma vida além
Maria Paula T Q Barros Pinto Os homens e as mulheres não param. O mundo não tem limites para os que trabalham e por conseguinte para os que amam. Ou será o contrário? Será o amor que faz calcorrear os homens e as mulheres? A uns será o amor, a outros o trabalho… mas no fim, conjugam-se.

SOAJO
Irá ser o Cruzeiro situado à maior altitude, em Portugal?
Jorge Lage 1. Homenagem alargada com a cruz altaneira – A Comissão Pró Cruz da Montanha do Muranho, diligencia, por iniciativa do industrial soajeiro Joaquim Santos, erguer para memória, um monumento, numa zona eminente e de vistas deslumbrantes na serra mais confundida de Portugal - a serra de Soajo. Numa zona de excelência da serra que, outrora, proporcionou excursões cinegéticas aos lobos, ursos, cabras bravas, linces, veados, javalis, corços, etc., dirigidas pelo então Monteiro-mor do Soajo (da”Peneda” para os sabichões descobridores de novos “índios”no século XX…), pretende esta Comissão homenagear dois ilustres irmãos que, em espírito de serviço exemplar, muito dignificaram a terra natal e a religião católica. São eles: Sua Excelência Reverendíssima Dom Abílio Ribas e o Reverendo Padre António Rodas. Ambos têm expostos, nas páginas do “Notícias dos Arcos” em vários números, trechos dos seus ímpares percursos de vida. Sem prejuízo de em altura oportuna se apresentar mais detalhadamente a excelsa vida e obra do muito humilde e virtuoso Padre António Rodas, hoje, apenas se expõem brevíssimas considerações. Uma lapidar alusão foi expendida pelo Padre José Felício, em Maio de 1970, sobre tão ilustre Soajeiro, nos termos que seguem: «Portugal inteiro, almas aos milhares teriam a sua palavra de preito, de admiração, de veneração, de amor para lhe emoldurar a memória, facetando-lhe a sua vida gigantesca na sua bondade humana, na delicadeza sensível, na simplicidade de bom religioso, no zelo sacerdotal, na actividade apostólica e missionária.»

Um conto de vez em quando
Venho confessar um crime
Maria Albertina Fernandes A adolescente subia a calçada, naquele fim de tarde, como fazia quase todos os dias, para ir à casa da irmã, bastante mais velha do que ela, mas com quem gostava tanto de estar. Gostava, igualmente, de estar com os sobrinhos; subia quase diariamente para os ver e brincar com eles, como se da mesmda idade. Subia despreocupada, sem outro pensamento que não o de subir e de controlar a respiração, como aprendera nas aulas de Educação Física. Com essa técnica, não chegava cansada ao fim da rua íngreme. No alto, era a casa da irmã; no extremo do largo onde a rua desembocava, era o fim da vila. Depois do cemitério, campos e pinhais e algumas casas esparsas, de telhados novos, a atestar construção recente: dinheiro proveniente do estrangeiro, ex-emigrantes que amealharam o suficiente para viverem desafogados e serem proprietários da sua própria habitação. Na juventude do pai da adolescente, o fluxo migratório era intenso, embora dificil de operacionalizar, em regime salazarista, restritivo e persecutório, de que a adolescente ouvia falar, nas reuniões de família, mas cujos efeitos, para seu conforto, não sentira nunca.

Quentes e Boas...
Amândio Peixoto

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