Arquivo: Edição de 07-01-2010

Opinião

À Vez
Desigualdade

À Vez
Desigualdade

Fatos novos no espelho das roupas rotas
Era uma manhã gelada e três polícias de volta de um homem no patamar de uma loja. O homem vestia um casaco demasiado usado, da cor indefinida da sujidade entranhada há tempo sem conta. Fazia aquilo com uma estranha dignidade enquanto era despejado da miserável cama onde tinha passado a noite insuportavelmente fria.

Quentes e Boas...

O Ministério Público, junto do Tribunal de Soajo, foi autor destes "autos crimes de morte"
O caso que agora vou continuar a narrar, relativo à morte na “estrada dos Bicos junto ao Outeiro Maior”, só tem de invulgar o ter resultado de hipotermia originada por surpreendente nevão numa zona alta da serra de Soajo. Mas, não obstante isto, levantaram-se suspeitas de homicídio: por admitirem que não caíra neve, ou que teria sido pouca; por ter sido abandonado o cadáver na serra; por o cabo da polícia na Gavieira não ter participado o ocorrido ao regedor da paróquia, João Vicente Moreira (digo eu trisavô do saudoso Padre Bernardo Pintor), residente na Peneda. Tudo isto consta num “Auto de Notícia”, subscrito pelo representante do Ministério Público, que ordenara que se fizesse “Auto de Declaração” de testemunhas, e pelo juiz de Soajo que despachou para que se fizesse “Auto de Exame de Corpo de Delito” por autópsia ao cadáver enterrado.

Carta de intenções (ser fiel à minha mulher)
Maria Paula T. Q. Barros Pinto Neste começo de ano, vou ser ligeirinha, porque para dramas, já basta! Afinal, no meio de tanta crise, os portugueses foram os europeus que mais consumiram em compras no Natal e desde que começaram os saldos estão imparáveis. Há qualquer coisa que não bate certo: ou não há crise em Portugal ou está tudo louco. “De génio e de louco, todos temos um pouco”. Pergunto eu, onde está o génio? Porque a loucura, essa, está bem à vista.