Arquivo: Edição de 17-11-2011

Opinião

Página 4
Paulo Castro “Mais vale tarde que nunca”. Diz um ditado popular que muito bem pode ser aplicado aos dias de hoje para reinventar hábitos que deixamos cair nas últimas décadas.

Quentes e Boas...
Amândio Peixoto Doutor Cabral

Conto
A arriba
Maria Paula T Q Barros Pinto Desceu a encosta até à praia, o vento norte soprava em rajadas fortes que lhe tiravam o fôlego. A areia entrava-lhe pelos olhos, pelo nariz, pela boca… Que maçada, o vento! Os salpicos das ondas a bater nos rochedos encaracolavam-lhe o cabelo ruivo que, emaranhado, parecia a peruca do palhaço pobre. Dobrada sobre si continuou a caminhar na direção da enseada onde os pescadores guardavam os barcos. Hoje não tinham saído para o mar, entretinham-se a remendar as redes, a secar o peixe, a reparar os apetrechos da pesca; alguns barcos quase feridos de morte. As gaivotas em terra ameaçavam tempestade. Só o seu vulto, curvado, a enfrentar o vento, se distinguia na praia. Mas tinha de ir, não podia adiar mais aquela conversa. Já o devia ter feito há muito.

Crónica
Setembro e o fim do verão
Paula Castro Freire O céu cinzento, o mar cinzento, a areia cinzenta e o espirito de todos igualmente cinzento.